PEDAGOGO, PROFESSOR E PASTOR

sábado, 18 de agosto de 2018


SOBRE MINHA SAÍDA DA IADCESE


 “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.

A Bíblia que é minha regra de fé e prática cristã, é enfática ao esclarecer que há um tempo para todas as coisas debaixo do céu (Ec. 3.1). Muitas pessoas estão perguntando sobre a minha saída com minha família da IADCESE, Igreja Assembleia de Deus central em Santa Eugênia, e o meu objetivo é deixar uma nota explicativa para todos os irmãos e amigos, já que nesta Instituição atuei como pastor e cooperador no ministério, o que não me torna melhor que nenhum dos irmãos, mais que eclesiasticamente demanda uma responsabilidade maior, e por isso devemos responder aos irmãos que se preocupam conosco e que tem orado por nós ao longo de nossa jornada.  Em 2005 quando eu cheguei na IADCESE, fui muito bem recebido não só pelo Pastor Presidente da Instituição, Pastor Elson Pereira, como por toda Igreja que de forma receptiva e carinhosa nos estenderam as mãos e cuidaram de nós durante todo esse tempo. Foram anos de muito crescimento espiritual e ministerial e com certeza isso foi possível por que todo ambiente onde há amor, carinho, afeto e a presença de Deus, produz crescimento em todas as áreas. De forma prazerosa, pudemos fazer a obra de Deus com propriedade, segurança e apoio, propriedade por que o Senhor nos chamou para isso, segurança por que o Pastor Presidente nos deu carta branca pra trabalharmos, e apoio por que a igreja (membros e congregados), nos ajudaram em tudo. Todavia Deus nos tinha feito promessas em 1995, quando ainda estávamos em Pernambuco, que nos levaria para o Rio de Janeiro e que no tempo dEle, nos faria retornar ao nosso estado de origem, para o propósito que Ele mesmo já tinha estabelecido.


Entendemos à luz de Eclesiastes 3.1, que Deus tem um tempo para todas as coisas e agora depois de alguns anos congregando com os irmãos neste lugar, compreendemos que nosso tempo é chegado, o tempo em que estivemos residindo no Rio de Janeiro, foi um período de muito aprendizado na área profissional, espiritual e pessoal. Foi no Rio de Janeiro que Deus me deu meus filhos Gustavo e Laura além de outros bens como formação, realização profissional e pessoal, entre outros, do qual sou muitíssimo grato. No Ano de 2015 ao retornar do campo missionário, onde estivemos dois anos fazendo a obra do Senhor, amparado pala IADCESE, o Senhor Jesus começou a nos dar indícios de que nosso tempo no Rio de Janeiro estava chegando ao final e começamos a orar e pedir ao Senhor orientações sobre este assunto, já que não era um assunto tão simples de se resolver, pelo menos pra mim, e Deus nos deu orientações de que de fato deveríamos voltar, e a partir daí começamos a preparar nossa vida pra esse retorno, conversamos com o pastor Presidente que não só entendeu, como também nos abençoou em nossa decisão, explicamos pra Igreja e Ministério conforme nos orienta as regras eclesiásticas e agora no segundo semestre de 2018, retornamos aos nossos familiares em Pernambuco, não sabemos o tempo que ficaremos neste lugar (PE), até porque somos dEle, e se Ele quiser nos levar para outro lugar iremos, todavia não seremos desobedientes aos desígnios do Senhor.


Se eu tivesse que definir um sentimento, entre tantos, pela IADCESE, este sentimento seria GRATIDÃO, sim, gratidão é tudo que eu, minha esposa e filhos sentimos por esta Igreja, e entendemos que tudo o que pudéssemos fazer para retribuir o que fizeram conosco, certamente seria insuficiente, ainda ficaríamos devendo muito! Tenho orgulho e prazer em dizer que pertenci a esta Igreja tão amorosa e acolhedora, e que se Deus, mais uma vez nos permitir voltar para o Rio, certamente teremos abrigo e segurança entre esses amorosos irmãos.





Mais uma vez, reintegro meus sinceros agradecimentos ao Pastor Presidente (um grande pai e amigo), a diretoria, ao ministério e indistintamente a toda a igreja, por todo carinho e cuidado que tiveram conosco durante todo este tempo.










Muito obrigado Senhor, por nos permitir fazer parte desta família.






domingo, 8 de julho de 2018


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O ADEUS À FELICIANO AMARAL, O PRIMEIRO CANTOR EVANGÉLICO DO BRASIL





O Brasil se despede neste domingo do cantor evangélico Feliciano do Amaral, que faleceu aos 97 anos, na manhã deste sábado 07, em Porto Velho, Rondônia, após falência múltipla dos órgãos. O pastor estava internado em um hospital particular da capital desde o dia 20 de junho. O cantor nasceu na Cidade de Miradouro no estado de Minas Gerais em 20 de outubro de 1920. Filho de Júlio Augusto do Amaral e de Palmira Maria. Foi batizado em 7 de março de 1943, na Igreja Batista de Muriaé. Feliciano Amaral também está no Guiness Book como o cantor que estava há mais tempo em atividade no mundo.
Começou as atividades como cantor evangélico em 1948, com a gravação do 1º disco de 78 rpm do catálogo da gravadora Atlas, ligada à Convenção Batista Brasileira. Este é um dos primeiros registros sonoros de música evangélica do País. A trajetória deste homem de Deus foi brilhante, e representa muito para evangélicos de muitas denominações no Brasil e no mundo. Hinos que eternizaram a música evangélica brasileira como o Eterno Fanal, Oração de Davi, O rosto de Cristo, lindo céu, A cada passo, Campainhas de Ouro entre tantos que compôs, cantou e interpretou durante todos estes anos e que não esqueceremos jamais.
Feliciano Amaral, representa muito pra comunidade Cristã evangélica em geral por vários motivos, dentre eles podemos destacar o fato dele ter sido, o primeiro cantor evangélico no Brasil que cantou e encantou, com suas canções maravilhosas, o país de Norte a sul, seu estilo calmo e sereno trazia paz e alento aos corações de todos que tinham o privilégio de ouvi-lo. Com muito carinho e dedicação cumpriu seu chamado ministerial alcançando muitas vidas para Cristo e deixando-nos um grande legado.
Faltam-nos palavras para expressar tamanha perda, Oremos pela família enlutada para que Deus os conforte neste momento de despedidas, quanto a nós brasileiros admiradores deste grande cantor, mesmo ciente desta partida, nos regozijamos por termos sido edificados pelo grande trabalho prestado pelo pastor e cantor Feliciano Amaral a Igreja Evangélica brasileira.
"Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé"...


sexta-feira, 29 de junho de 2018



COMO PURIFICARÁ O JOVEM O SEU CAMINHO?
(Sl 119.9)
Viver não é fácil, principalmente quando optamos por viver para o Senhor. Todos sem sombra de dúvidas enfrentamos diversas dificuldades para nos mantermos firmes na presença do altíssimo e, em se tratando dos jovens, fica cada vez mais difícil devido ao que lhes é oferecido pelo mundo que é vil e mal, é claro que quando falo mundo, refiro-me a este sistema corrompido que de forma escancarada tenta destruir a nossa fé. O salmista aconselha bem os jovens de sua época e os de hoje, afirmando que existe um segredo para a vitória: “observando-o conforme a tua palavra”. Infelizmente ainda existe jovens, e não só jovens, na igreja, que não atentaram para este grande detalhe, o de observar conforme a palavra do Senhor e trilhar por ela o seu caminho, existem pessoas que estão na igreja por vários motivos, menos conhecer o Senhor por meio de sua palavra. Porém muito me alegro em saber que existem milhares de jovens no Brasil inclusive, que são apaixonados pelo evangelho e que até se arriscam para vivê-lo. Do norte ao sul, do leste ao oeste há jovens que mesmo o mundo lhe oferecendo outras opções, escolheram servir ao Senhor com alegria. Em meio a tantas ilusões, que propõe aos jovens momentos de uma falsa felicidade como drogas, sexo, moda entre outras coisas, que fazem com que as pessoas se preocupem apenas no que terão, invertendo os valores que Deus estabeleceu para cada um de nós, encontramos jovens que desejam ser fiéis e permanecer em cristo até que Ele volte.
Muitas coisas acontecem para desvirtuar os jovens da presença de Deus, o mundo mudou e hoje para muita gente ser cheio do Espírito Santo é ser cafona e antiquado. As próprias “igrejas” estão tirando os jovens da presença do Senhor achando que estão fazendo a coisa certa negociando o inegociável, no entanto, faz-se necessário dizer que existem coisas que aos filhos de Deus não é permitido, um crente que serve ao Senhor é chamado de luz, e luz de maneira nenhuma se mistura com as trevas. Sou chamado de radical por algumas pessoas quando falo sobre determinados assuntos da fé cristã, mais fico extremamente confortado quando vejo jovens que são fiéis e que querem se manter puros para o Senhor. Se um jovem se declarar virgem num grupo de amigos é zombado e escarnecido pelos outros, e não merece a atenção do grupo, fazendo com que estes jovens mintam sobre isto ou afastem-se daqueles para não se tornarem motivos de chacotas entre eles. Mais há também aqueles que foram ensinados que os valores do mundo têm como objetivo afrontar a Deus e que mesmo sofrendo alguns preconceitos defendem a sua fé diante dos escarnecedores.
Isto mostra o verdadeiro sentido de ser “santo” “separado” por Deus e para Deus. No antigo Egito em meio ao paganismo estava José como um potinho de luz em meio às trevas brilhando sem parar. Seus irmãos, seus pais, ninguém estava lá, ele poderia se quisesse dar uma escorregadinha de vez em quando, no entanto sabia que se assim procedesse se sujaria e sujando-se deixaria de ser santo e perderia as bênçãos especiais de Deus para sua vida, visto que Deus ama aos que são santos.

“Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos porque eu sou santo” (1 Pd.1.14-16).

Há anos passados a igreja era doutrinada com a Bíblia que era tida como nossa regra de fé e prática de vida cristã, e qualquer tipo de pecado eram passíveis de disciplina, não para matar, é claro, pois o sentido da palavra disciplina está ligado ao tratamento, cuidado, e não morte, visando produzir no crente um crescimento espiritual equilibrado (Ef. 44.14 e 15). Hoje não se disciplina mais ninguém porque se o fizermos “perdemos as pessoas”, como se pudéssemos salvar alguém, e vai se passando o tempo e com o tempo vai se passando um pano preto por cima destas questões. Fingimos que nada aconteceu e estamos formando crentes medíocres e portadores de um nanismo espiritual sem precedentes. O que estamos fazendo com os nossos jovens? Será que não está na hora de fazermos a coisa certa? E qual é a coisa certa a ser feita se não os ensinarmos com a Bíblia voltando a fazer o que nossos pais “espirituais” fizeram? Usando-a como nossa regra de fé e pratica, quando falo assim não estou contando com os exageros que houveram no passado por parte de alguns, não! Más com a sublime orientação do Espírito Santo que faz toda a diferença no nosso ministério. A Bíblia nos mostra vários exemplos de jovens que andaram com Deus e tiveram vidas vitoriosas. Poderíamos citar um montão deles, porém falaremos apenas dos mais conhecidos e admirados.



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. Samuel, ainda adolescente ouviu o chamado de Deus e orientado por Elí, disse: “eis-me aqui”. Não existe idade para sermos chamados pelo Senhor, muitos jovens da Bíblia foram escolhidos desde o ventre como foi o caso de Jeremias (1Sm. 3.1-10; Jr. 1.4 e 5).

. Davi, desde muito cedo reservou o melhor de sua adoração para Deus, tornando-se assim um adorador por excelências. Você jovem é um adorador por excelência? Então não perca mais tempo e adore o seu Deus, pois apenas Ele merece ser adorado (1 Sm. 16.11-13 e 18; Sl. 27.4 e 13).

. Ester, que desde criança aprendeu que a obediência é uma das mais excelentes virtudes, que dar ao crente a honra de crescer diante de Deus e dos homens (Et. 2.5-7, 4.15 e 16).

. Neemias que sentiu o desejo de preservar a memória de seus antepassados dando uma contribuição ímpar na história da humanidade (Ne. 2.15-20, 6.3, 13.30-31).

. Daniel, mesmo tendo ao seu dispor tudo que só os nobres eram dignos, preferiu não se contaminar recebendo de Deus maior dádiva naqueles dias, não só ele, mais com ele seus três amigos, Ananias Mizael e Azarias (Dn. 1.8,14-17).

. Timóteo o jovem que assumiu a direção da maior igreja da Ásia proconsular deixando um legado extraordinário para aqueles que se propõe a aprender com sua história (2 Tm.1.5,2,22; 3.14 e 15). 

Meu caro jovem nunca desista de seus sonhos, e nunca se esqueça de incluir Deus neles, você verá o cuidado do Senhor enquanto durar e saberá andar pelos caminhos mais arriscados que a vida possa te proporcionar. Deus conta com você fazendo a diferença neste mudo (sistema) de corrupção, podridão espiritual, assim como José, aquele pequenino ponto de luz que brilhava com todas as forças no Egito e que depois veio a ser governador de toda aquela nação. O Senhor nos chamou para uma posição ainda mais elevada; reis e sacerdotes (Ap. 1.6). Continue firme na fé, constante no servir a Deus e abundante na Sua obra (1 cor. 15.58), usando esta poderosa espada que é a palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, até porque: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra” (Sl.119.9).
 
Que deus abençoe você e sua família!



quinta-feira, 28 de junho de 2018


A IMPORTÂNCIA DE NÃO NOS PERDERMOS EM MEIO AS CRISES
Leonardo Luiz da Silva

Define-se como crise uma grande alteração ou ainda, uma mudança brusca ocorrida no desenvolvimento de determinado cenário da vivencia humana. Tais mudanças ou alterações podem ser físicas, ligadas ao corpo no caso de enfermidades e ao mundo social, econômico e político ou simbólicas, ligadas ao campo das emoções como ansiedade, depressão, decepções amorosas entre outras. Geralmente detectamos uma crise quando tudo parece muito bem, e de repente somos impactados de forma súbita com determinadas rupturas como um doente que estava bem e piorou repentinamente, como quando um determinado contexto social é abalado gerando incertezas, quando na economia, indicadores negativos começam a surgir gerando desemprego, aumento da miséria e da pobreza entre outros, quando numa família, seus integrantes começam a entrar em choque perdendo o amor e o respeito, um para com os outros. Uma crise não aparece de uma hora pra outra, gradativamente as coisas começam a dar errado como consequência de sucessivos acontecimentos, acontecimentos estes que podem ser observados, analisados e na maioria das vezes modificados. No caso do Brasil enfrentamos todos, uma grande e grave crise política, que também, diga-se de passagem, não é algo novo. Sempre ouvimos falar de crises no cenário político brasileiro, no entanto, as crises que enfrentamos atualmente no Brasil tem tomado proporções absurdas, a corrupção e os escândalos tem nos afetado de tal forma que aparentemente só nos resta o caos, o problema de uma crise como esta que aterroriza o cenário brasileiro é a instabilidade que ela traz, afetando todas as áreas à nossa volta, como o abalo na economia, o desemprego, a aparente falência dos sistemas de saúde, educação e segurança, as incertezas que surgem, seja por parte de investidores econômicos, seja por desconfiança no caráter político apresentado. Com a atual situação política do Brasil onde tudo poderia ser resolvido na base do respeito, pois para os brasileiros quem deveria representar o povo está envolvido em corrupções e desmandos político, chegando a ser considerados indignos das funções que lhes foram confiadas, o que é uma grande demonstração de desrespeito para com o cidadão, só nos resta uma esperança, agirmos como verdadeiros patriotas e lutarmos por nosso país, mais como fazer isso?
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QUE DECISÕES TOMAR EM TEMPOS DE CRISES?

Na crise, nossa primeira reação é sempre a mesma: buscar a saída mais apropriada e isso acontece de forma automática, como quando estamos em um avião sobrevoando ou até mesmo em um ônibus e descobrimos que foi detectada uma falha técnica por exemplo, ou qualquer outro incidente que nos deixe apavorados, o primeiro pensamento que nos vem à mente é: onde fica a saída de emergência? Não importa se vamos ou não poder sair por ela, como no caso de uma aeronave, o importante é saber onde estão as saídas de emergências. Outra reação muito comum nesses casos é quando o choque nos paralisa, deixando-nos desorientados sem sabermos que decisão tomar. Precisamos nesses momentos ter a sanidade de não nos deixarmos influenciar pelo medo nem, na tentativa de encontrar a saída de emergência, tomarmos decisões precipitadas. Exige-se nestas horas, sobriedade o suficiente, para que na intenção de resolvermos o problema não venhamos causar um outro ainda pior. Que o Brasil está em crise todos sabemos, a questão é: O que podemos fazer para, pelo menos, encontrarmos o caminho que nos levará a sair deste infortúnio e começarmos a alimentar a esperança de dias melhores?
O mês de outubro está reservado para que todos os brasileiros respondam nas urnas dando uma verdadeira lição de cidadania. A importância de pensar em tudo o que temos vivido nesses últimos anos, deverá fazer a diferença na hora de votar. Enquanto não aprendermos votar, continuaremos reféns de corruptos e sofreremos com os mesmos problemas de sempre e o pior, somos responsáveis por isso. Não podemos mais nos iludir com discursos fantasiosos nos quais são prometidos mundos e fundos, e na verdade não passa de autopromoção político-partidária, onde sabemos que quando esse período eleitoreiro terminar, tudo passa a ser exatamente do jeito que era antes. Não adianta orar, jejuar pela nação e na hora de votar ser irresponsável com o seu direito de cidadão. As propostas apresentadas devem ser minuciosamente observadas e acompanhadas também, depois das eleições por todos os eleitores e caso haja irresponsabilidades e o descumprimento das propostas apresentadas, devemos nos manifestar sim, e reclamar junto aos órgãos competentes, isso deve ser uma questão de resiliência de todos.
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O FATO DE ESTARMOS EM CRISTO NOS LIVRA DA CRISE?

“Estamos em Cristo, não em crise”! Quem nunca ouviu esta expressão? Não resta dúvida que Cristo nos livra de todos os males e que o poder do sacrifício vicário nos garante a vitória completa, no entanto, o fato de estarmos em Cristo não nos exime da responsabilidade de exercemos como cidadãos, cumpridores dos nossos direitos e deveres, o exercício da cidadania. Como servos de Deus devemos sim confiar no Senhor, orarmos pela nossa nação para que tenhamos uma vida quieta e sossegada (1Tm. 2.1-3; 2Cr 7.14), todavia devemos fazer mais que isso. Exercer cidadania também é responsabilidade nossa e não devemos abrir mão desse direito jamais. O diferencial é que atrelado ao nosso direito de cidadão, temos o poder inefável da oração e a segurança da Palavra de Deus que não falha. Logo vale ressaltar que assim como os profetas no período veterotestamentário e como os apóstolos na nova Aliança, devemos nos posicionar sim, contra a corrupção, contra a atitude repugnantes de homens amantes de si mesmo que tiram dos pobres para acrescentar ao seu bel-prazer e que tenta calar sobretudo, o povo de Deus, tentando de forma leviana nos rebaixar ao lixo deste mundo (1Cor. 4.13), mais que nos períodos eleitorais nos visitam, se autonomeando muitas vezes, representante dos evangélicos. As crises são inevitáveis, a nossa batalha continua, porém, devemos pedir graça a Deus para que em meio as crises não venhamos nos perder com as tribulações e adversidades que toda crise traz em seu bojo, mais assumirmos uma posição, nos mantermos firmes, esperançosos e dispostos a fazer a diferença. A conscientização de que somos cidadãos brasileiros e que nesta condição de cidadãos, temos responsabilidades com esta nação, deve fazer parte do nosso pensamento patriótico e sobretudo cristão.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Oportunidade de crescimento.

‘Tu, porém, ‘vai até o fim; porque repousarás na tua sorte, no fim dos dias”.

(Dn 12.13).

Leonardo Luiz da Silva

Quando lemos o livro do profeta Daniel nos deparamos com um vasto conteúdo escatológico de uma profundidade ímpar, eis aí o motivo pelo qual é chamado de: “O apocalipse do velho testamento”, visto que apocalipse no grego é ‘‘APOKALUPSIS’’ e tem o sentido de ‘‘DESVENDAR, DESCOBRIR E REVELAR ’’. Muitos dos escritos proféticos contidos neste livro já aconteceram, outros, porém ainda aguardam seu tempo estabelecido pelo próprio Deus como é o caso do capítulo 12 de que faz menção aos tempos do fim (Dn 12.4).
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Daniel foi levado cativo para Babilônia por volta do ano 586 a.C. quando Nabucodonosor sitia o reino do sul, formados pelas tribos de Judá e Benjamim. Era o terceiro ano de Jeoaquim e o povo de Judá encontrava-se em grande apostasia, o Deus todo poderoso JEOVÁ, não ocupava mais o primeiro lugar nos corações dos judeus que estavam mergulhados em idolatria terríveis. O Senhor levanta Jeremias um profeta corajoso, denodado, que alerta o povo dos riscos que estão correndo ao se afastarem do Senhor. O povo, porém ignora o profeta. O rei tinha outras preocupações; entre elas a de fazer alianças com as nações vizinhas (pagãs) esperando em troca apoio e reforços quando fossem cercados pelos inimigos, porém a guerra era na verdade um castigo de Deus pela desobediência da nação. Daniel capítulo um e versículo dois diz que foi o Senhor quem entregou os judeus nas mãos de Nabucodonosor rei da Babilônia.
Enquanto Nabucodonosor pelejava contra Judá ficou sabendo que seu pai Nabopolassar tinha morrido e voltou imediatamente para Babilônia deixando a batalha aos cuidados dos seus generais dos quais Nebuzaradã era o capitão da guarda, naqueles dias levaram um total de 4.600 pessoas para Babilônia (Jr.52,26-30). Entre estes estava o jovem Daniel que por ser príncipe, pois pertencia a linhagem real, e possuidor de boa aparência foi escolhido por Aspenáz chefe dos eunucos, juntamente com seus amigos, Hananias, Misael e Azarias para servirem no palácio atendendo as necessidades do rei, é neste contexto histórico que Daniel se encontra e é onde o soberano Deus o escolhe para que por meio de seus escritos possa nos deixar mensagens tão edificantes como esta: 
“Tu, porém vai até o fim”
A importância de permanecermos até o fim,pois Deus tem compromissos com quem se compromete em ser fiel a Ele. Com certeza você conhece ou já ouviu falar de alguém que começou servir a Deus com ímpeto e que de repente por “algum motivo” desistiu, parou no meio do caminho perdendo-se em meio as ilusões desta vida. ‘‘Tu, porém vai até o fim’’. No capítulo primeiro e no versículo vinte e um diz-nos a escritura que Daniel continuou até o primeiro ano de Ciro, isso não significa que ele tenha morrido neste período acredita-se que tenha morrido por volta do segundo ano de Ciro com a idade de 85 anos. Uma coisa é certa: A história deste servo de Deus muito tem a nos ensinar.
LIÇÕES DE VIDA DEIXADA PARA NÓS POR DANIEL.

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1. Ele permaneceu fiel ao Senhor (Dn 1.8). Diz o capítulo seis e versículo dez que a exemplo de Davi e inspirado na oração de Salomão, Daniel orava três vezes ao dia (1 Rs 8.46-49). Os contratempos desta vida não podem nos fazer parar e sim nos mostrar que em quaisquer circunstâncias somos dependentes de Deus e isto é o suficiente para continuarmos de cabeça erguida crendo que no tempo certo Ele nos dará vitória completa. Isso nos faz lembrar também, quando Jesus em seus últimos ensinos disse aos seus discípulos; sem mim nada podeis fazer (Jo 15.5). O que o Senhor de fato queria deixar claro era que os discípulos na condição de ramos, galhos não tinham vida própria, antes, porém eram (somos) dependentes Dele, a videira verdadeira. A vida sem Jesus não tem sentido, isso nos diferencia dos outros seres, hoje somos filhos de Deus e não apenas criação (Jo 1.11-12; 1 Jo 3.1). 
2. Ele aproveitou as oportunidades que Deus lhes concedeu (Dn 1.9). Daniel assistiu diante de quatro reinados e se preparou para servir em lugar de destaques nas cortes imperiais. Daniel ainda jovem não somente foi honrado com o cargo de sátrapas mas com o de ‘‘príncipe dos magos’’ e ‘‘primeiro ministro’’ exercendo autoridade nas cortes babilônicas e persa. Infelizmente muitas vezes somos de súbito pegos lamentando algo que não deu certo em nossas vidas, ou que não saiu conforme o planejado. Não seria a hora de vermos que estamos perdendo tempo ao invés de somarmos essas lutas e delas tirarmos lições para aplicar em nosso viver diário? Será que não é o momento de extrairmos experiências que servirão para o nosso crescimento diante de Deus? Há igrejas que adotam jargões como; pare de sofrer, seus problemas acabaram, entre outros. Será mesmo que podemos garantir isso às pessoas? ‘‘Jesus nos ensinou diferente quando disse; Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, más tende bom ânimo; eu venci o mundo’’. (Jo 16.33). Não somos adeptos do sofrimento mais entendemos que eles servem de crescimento e maturidade espiritual. O que dizer de Mt 6.34, onde o mestre diz que, basta a cada dia o seu mal? O apóstolo Paulo quando escrevia a Timóteo o convidava para sofrer com ele, (1 Tm 2.3) porque ministério é exatamente isso uma chamada pra sofrer. Não se iludam caríssimos somos humanos e por isso somos sujeitos a todo tipo de sofrimento, o que nos alegra é saber que o Senhor nos livra e nos faz mais do que vencedores, aleluia! (Sl 34.19; Rm 8.37).
3. O Senhor lhe abençoou abundantemente (Dn 1.17). É impossível alguém ser fiel a Deus, lutar por seus ideais e não ser abençoado pelo Senhor. Daniel permaneceu fiel aproveitou as oportunidades que teve no palácio real, e Deus que é galardoador daqueles que o buscam lhe deu entendimento em toda visão e sonhos, sabe o que isso significa? Daniel recebeu a mente de Cristo, (Hb 11.6; 1Co 2.15). Deus é a fonte de todos os tesouros tanto da ciência quanto da sabedoria (Cl 2.3; Dn 2.22). Existe privilégio maior que conhecer os mistérios de Deus, tendo discernimento do que é verdadeiro ou falso? Pois bem isto não estava restrito apenas a Daniel, o Senhor reservou para sua igreja as mais copiosas bênçãos, são as bênçãos que acompanham a salvação (Hb 6.9; Mc 4,6). Muitas pessoas não vivem as maravilhas do reino de Deus por terem esfriado na fé. Desperte, ainda há esperança para você. Não desista nunca do Senhor, Ele jamais desistirá de você. 
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A mensagem de Daniel 12.13 é escatológica e serve de conforto para nós, devemos ter todo o cuidado possível para não nos precipitarmos e estragar tudo. Precisamos ir até o fim (Mt 24.13). É perseverando que Deus nos capacita a vencermos toda e qualquer circunstância que de alguma forma tente colocar, um ponto final em nossa trajetória. Daniel tinha tudo pra entrar em depressão diante das dificuldades que enfrentou, no entanto permaneceu fiel ao seu Deus esperando que ao seu tempo Deus o recompensasse. Que os nossos jovens hoje e não somente eles, mais a igreja de Deus como um todo, possam sentir desejo de ser como Daniel. Um exemplo na fé, na paciência e na esperança. Observemos o conselho de Paulo quando diz: ‘‘Sendo, pois, justificado pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado’’ (Rm 5.1-5).
Fica então claro para nós que Deus cuida dos seus e que as lutas que passamos são na verdade oportunidades de crescimento. Que tenhamos a capacidade de entender e não desperdiçá-las. Antes, porém conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor (Os 6.3). 
Que Deus abençoe você e sua família.