A
IMPORTÂNCIA DE NÃO NOS PERDERMOS EM MEIO AS CRISES
Leonardo Luiz da Silva
Define-se como crise uma
grande alteração ou ainda, uma mudança brusca ocorrida no desenvolvimento de
determinado cenário da vivencia humana. Tais mudanças ou alterações podem ser
físicas, ligadas ao corpo no caso de enfermidades e ao mundo social, econômico
e político ou simbólicas, ligadas ao campo das emoções como ansiedade,
depressão, decepções amorosas entre outras. Geralmente detectamos uma crise
quando tudo parece muito bem, e de repente somos impactados de forma súbita com
determinadas rupturas como um doente que estava bem e piorou repentinamente, como
quando um determinado contexto social é abalado gerando incertezas, quando na
economia, indicadores negativos começam a surgir gerando desemprego, aumento da
miséria e da pobreza entre outros, quando numa família, seus integrantes
começam a entrar em choque perdendo o amor e o respeito, um para com os outros.
Uma crise não aparece de uma hora pra outra, gradativamente as coisas começam a
dar errado como consequência de sucessivos acontecimentos, acontecimentos estes
que podem ser observados, analisados e na maioria das vezes modificados. No
caso do Brasil enfrentamos todos, uma grande e grave crise política, que também,
diga-se de passagem, não é algo novo. Sempre ouvimos falar de crises no cenário
político brasileiro, no entanto, as crises que enfrentamos atualmente no Brasil
tem tomado proporções absurdas, a corrupção e os escândalos tem nos afetado de
tal forma que aparentemente só nos resta o caos, o problema de uma crise como
esta que aterroriza o cenário brasileiro é a instabilidade que ela traz,
afetando todas as áreas à nossa volta, como o abalo na economia, o desemprego,
a aparente falência dos sistemas de saúde, educação e segurança, as incertezas
que surgem, seja por parte de investidores econômicos, seja por desconfiança no
caráter político apresentado. Com a atual situação política do Brasil onde tudo
poderia ser resolvido na base do respeito, pois para os brasileiros quem
deveria representar o povo está envolvido em corrupções e desmandos político,
chegando a ser considerados indignos das funções que lhes foram confiadas, o
que é uma grande demonstração de desrespeito para com o cidadão, só nos resta
uma esperança, agirmos como verdadeiros patriotas e lutarmos por nosso país,
mais como fazer isso?

QUE DECISÕES TOMAR EM TEMPOS
DE CRISES?
Na crise, nossa primeira
reação é sempre a mesma: buscar a saída mais apropriada e isso acontece de
forma automática, como quando estamos em um avião sobrevoando ou até mesmo em
um ônibus e descobrimos que foi detectada uma falha técnica por exemplo, ou
qualquer outro incidente que nos deixe apavorados, o primeiro pensamento que
nos vem à mente é: onde fica a saída de emergência? Não importa se vamos ou não
poder sair por ela, como no caso de uma aeronave, o importante é saber onde
estão as saídas de emergências. Outra reação muito comum nesses casos é quando
o choque nos paralisa, deixando-nos desorientados sem sabermos que decisão
tomar. Precisamos nesses momentos ter a sanidade de não nos deixarmos
influenciar pelo medo nem, na tentativa de encontrar a saída de emergência,
tomarmos decisões precipitadas. Exige-se nestas horas, sobriedade o suficiente,
para que na intenção de resolvermos o problema não venhamos causar um outro
ainda pior. Que o Brasil está em crise todos sabemos, a questão é: O que
podemos fazer para, pelo menos, encontrarmos o caminho que nos levará a sair
deste infortúnio e começarmos a alimentar a esperança de dias melhores?
O mês de outubro está
reservado para que todos os brasileiros respondam nas urnas dando uma
verdadeira lição de cidadania. A importância de pensar em tudo o que temos
vivido nesses últimos anos, deverá fazer a diferença na hora de votar. Enquanto
não aprendermos votar, continuaremos reféns de corruptos e sofreremos com os
mesmos problemas de sempre e o pior, somos responsáveis por isso. Não podemos
mais nos iludir com discursos fantasiosos nos quais são prometidos mundos e
fundos, e na verdade não passa de autopromoção político-partidária, onde
sabemos que quando esse período eleitoreiro terminar, tudo passa a ser
exatamente do jeito que era antes. Não adianta orar, jejuar pela nação e na
hora de votar ser irresponsável com o seu direito de cidadão. As propostas
apresentadas devem ser minuciosamente observadas e acompanhadas também, depois
das eleições por todos os eleitores e caso haja irresponsabilidades e o descumprimento
das propostas apresentadas, devemos nos manifestar sim, e reclamar junto aos
órgãos competentes, isso deve ser uma questão de resiliência de todos.

O FATO DE ESTARMOS EM CRISTO
NOS LIVRA DA CRISE?
“Estamos em Cristo, não em
crise”! Quem nunca ouviu esta expressão? Não resta dúvida que Cristo nos livra
de todos os males e que o poder do sacrifício vicário nos garante a vitória
completa, no entanto, o fato de estarmos em Cristo não nos exime da
responsabilidade de exercemos como cidadãos, cumpridores dos nossos direitos e
deveres, o exercício da cidadania. Como servos de Deus devemos sim confiar no
Senhor, orarmos pela nossa nação para que tenhamos uma vida quieta e sossegada
(1Tm. 2.1-3; 2Cr 7.14), todavia devemos fazer mais que isso. Exercer cidadania
também é responsabilidade nossa e não devemos abrir mão desse direito jamais. O
diferencial é que atrelado ao nosso direito de cidadão, temos o poder inefável
da oração e a segurança da Palavra de Deus que não falha. Logo vale ressaltar
que assim como os profetas no período veterotestamentário e como os apóstolos
na nova Aliança, devemos nos posicionar sim, contra a corrupção, contra a
atitude repugnantes de homens amantes de si mesmo que tiram dos pobres para
acrescentar ao seu bel-prazer e que tenta calar sobretudo, o povo de Deus,
tentando de forma leviana nos rebaixar ao lixo deste mundo (1Cor. 4.13), mais que
nos períodos eleitorais nos visitam, se autonomeando muitas vezes,
representante dos evangélicos. As crises são inevitáveis, a nossa batalha
continua, porém, devemos pedir graça a Deus para que em meio as crises não
venhamos nos perder com as tribulações e adversidades que toda crise traz em
seu bojo, mais assumirmos uma posição, nos mantermos firmes, esperançosos e
dispostos a fazer a diferença. A conscientização de que somos cidadãos
brasileiros e que nesta condição de cidadãos, temos responsabilidades com esta
nação, deve fazer parte do nosso pensamento patriótico e sobretudo cristão.
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